quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Fragor

Esse barulho todo
Que me silencia a alma
Fazendo não me entender
Acabando com minha calma

Fragor absoluto e constante
De tantas vozes, de tantas vidas
Dor, orgasmo ou socorro?
Mistura exacerbada de tudo

Não há paz
Não há sossego
Só uma súplica em voz alta (um grito)
Do âmago coletivo

Bilhões de decibéis ao léu
Numa Babel de clamores
Cada vez mais alto, cada vez mais forte
Mas ninguém escuta nada...
Pois o mundo, o mundo é surdo

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