quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Vadias

Ahhh, como eu admiro as vadias
Que gozam e não estão nem ai
Que sentem, choram, que mentem
Tendo tudo que vem fácil,
Conquistando que é barato
Toda a admiração dos vis

Ahhh, como são lindas as vadias
Aquelas verdadeiras travessas
Que fazem do reles a realeza
E mesmo se sentindo tristes
Debocham e voltam a gozar
E o gozo sucumbe à dor

Ahhh, como são aquelas fingidas
Que beijam com plástico amor
Que olham com olhar de desdém
E a noite ficam mais lindas
Com aquela maculada beleza
Ordinariamente disposta

Ahhh, quanto decoro elas tem!
Mesmo não tendo pudor
Mesmo com pérfido amor
Quanta verdade em seu jeito
Que o mais infame sujeito
Encontra aconchego em seus peitos

Nenhum comentário: